ROGER AGNELLI
Companhia Vale
Nasceu em 03 de maio de 1959, em São Paulo (SP). Graduou-se em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), de São Paulo, em 1981.
Roger Agnelli construiu sua carreira profissional no Grupo BRADESCO, de 1981 a 2001. Exerceu o cargo de Diretor-Executivo do Banco BRADESCO entre 1998 e 2000 e de março de 2000 a julho de 2001 foi Diretor-Presidente da BRADESPAR S.A., empresa criada para gerenciar ativos não-financeiros do Bradesco.
É Presidente da Companhia Vale do Rio Doce desde julho de 2001; de maio a julho de 2001 presidiu o Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD. Por ocasião do descruzamento acionário entre a Vale e a CSN, fechado antes de junho de 2001, segundo relato de interlocutores que acompanharam os fatos à época, tinha sido escolhido um outro executivo para substituir o Embaixador Jorio Dauster no cargo de diretor-presidente da mineradora. O executivo adoeceu e Agnelli, presidindo o conselho, passou a acompanhar o dia a dia da presidência executiva e acabou ficando no cargo por decisão dos controladores. "Foi apoiado pelos acionistas e acabou dando certo e se tornou superpoderoso". Em três de abril de 2006 foi eleito membro dos Conselhos de Administração da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS e da Petrobras Distribuidora S.A. - BR.
Com a gestão na direção executiva da Vale, a empresa se tornou a maior companhia privada de mineração da América Latina e maior mineradora de minério de ferro do mundo. O valor de mercado da Vale situa-se entre US$ 150 bilhões e US$ 170 bilhões. A Vale foi internacionalizada e está presente em mais de 30 países.
Em virtude de suas experiências e de suas atividades nas áreas de investimento, fusões e incorporações (M&A) e gestão de ativos, foi conselheiro de diversas companhias com relevante atuação no Brasil, dentre elas a Companhia Paulista de Força e Luz, Companhia Siderúrgica Nacional, Latas de Alumínio (LATASA), VBC Energia, Brasmotor, Mahle Metal Leve, Rio Grande Energia e Serra da Mesa Energia.
Assumiu os cargos de Diretor da UGB Participações, de Vice-Presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID) e de Presidente do Comitê de Cooperação Empresarial da Fundação Getúlio Vargas (CCE). Atualmente é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) - órgão de assessoramento ao Presidente da República do Brasil - e do Conselho Internacional de Investimentos - órgão de assessoramento ao Presidente da República da África do Sul.
Integra também os Conselhos de Administração da Asea Brown Boveri (ABB), da Duke Energy e da Suzano Petroquímica. É Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, membro do Conselho Curador da Orquestra Sinfônica Brasileira, Vice-Presidente do Centro Industrial do Rio de Janeiro e, recentemente, tornou-se membro do Conselho Consultivo do Setor Privado-CONEX e membro do International Advisory Committee da New York Stock Exchange (NYSE).
Noticiário cotidiano - Geral
Ter, 21 de Setembro de 2010 07h29min
Nos últimos meses, o presidente-executivo da Vale, Roger Agnelli, tem sido alvo de especulações de que pode deixar a companhia no caso de um eventual governo da petista Dilma Rousseff. Mas se isso tiver procedência, a destituição de Agnelli, que em julho 2011 deve completar 10 anos à frente da mineradora, vai depender de acordo entre os sócios controladores da companhia: fundos de pensão e BNDES de um lado e os sócios privados, Bradesco e Mitsui, do outro.
Com base no acordo de acionistas da Valepar, empresa controladora da Mineradora Vale, em vigor até 2017, é preciso ter 67% dos votos dos acionistas controladores (participações acionárias) dentro da holding de controle da Vale, para eleger ou trocar o principal executivo da companhia. Atualmente, com base nisso, o governo só conta com 60,51% do total de votos necessários para fazer esta mudança, ou seja, as participações dos fundos reunidos na Litel (49% do capital votante dentro da Valepar detido pelos fundos Previ, Funcef, Petros e Cesp) e da Bndespar (11,51%).
Para alcançar seu intento, o "novo" governo teria de fazer um acerto político ou com o Bradesco, que detém 21,21% do capital votante da Valepar, ou com a japonesa Mitsui, que reúne 18,24% das ONGs da holding. "O governo tem que convencer um dos dois. Creio que, nesse contexto, ninguém vai se sacrificar para salvar o Roger", diz uma fonte próxima dos acionistas da Vale. Uma negociação entre Litel, BNDESPar e Bradesco somaria 81,72%. Caso o Bradesco se recusasse, fato considerado improvável na avaliação da fonte - para quem o banco tem muito mais interesse em se expandir na área financeira do que na Vale, a Mitsui poderia agregar aos dois sócios ligados ao setor público seus 18,24%, garantindo um novo postulante para o cargo de diretor-presidente da mineradora.
Em maio de 2011, termina o prazo do atual mandato de Agnelli. Ele foi reconduzido em 2009. Segundo o estatuto social da Vale, o prazo de gestão dos membros da diretoria executiva é de dois anos. Mas isto não diz muita coisa. "O mandato é muito relativo nas grandes empresas. Em geral os executivos firmam contratos com as companhias e o mandato estatutário nem sempre tem muito a ver com o contrato que ele tem. Um contrato de longo prazo já tem uma cláusula de saída. Por esse contrato, a companhia pode dispensar o executivo quando quiser desde que respeite o contrato", explicou um especialista em governança corporativa ouvido pelo Valor.
Fonte: valor Econômico/Vera Saavedra Durão | Do Rio
Referências Bibliográficas